7.8.09

DO BAÚ: Pérolas da propaganda nacional * Jingles Inesquecíveis

Alguns jingles tornaram-se clássicos: fariam o orgulho de qualquer músico que trabalhasse no ramo. Belas pequenas canções que trataram de "grudar" nas cabecinhas. Isso numa era pré-digital, com gravação analógica e poucos canais.

Há anos atrás, na década de 90 quando trabalhava como produtora musical na ARIA Produções, fiz com meu sócio um curso sobre música para propaganda na ESPM, com Lula Vieira. Com um gravador - de rolo - ele ia mostrando as pérolas criadas pelos compositores reis do pedaço: Eduardo Souto e Neto, Zé Rodrix, Paulo Sérgio e Marcos Valle...e outros mais antigos.

Por exemplo, uma espécie de rap pré-histórico: "Adivinhe o que é que brilha mais no assoalho da mamãe, no sapato do papai? Falou mamãe, muito bem! Falou papai, acertou também! Cera ODD que maravilha, Pomada ODD pomada que brilha, lustra o sapato da famíla!"

Quem diria. Aprecie aqui.

Liberdade é uma calça velha...
Nessa época o discurso hippie "flower power" encontrava eco entre os jovens. Anos 70. 1976.
A marca de jeans não existe mais: U.S. Top.



Hoje existe tanta gente que quer nos modificar...
Hoje a Pepsi ainda existe. E naquela época, era outra marca que também usava o discurso hippie: defendia até a calça azul e desbotada. Que era assim algo...transgressor (!). Um clima meio "Hair".
Agora o jeans é vendido até já rasgado!(Jingle de Sá e Guarabyra).



Quero ver você não chorar, não olhar prá trás, nem se arrepender do que faz...Jingle de natal do Banco Nacional, que não existe mais. Essa versão filmada já é a segunda. A primeira era em preto e branco e tinha um arranjo diferente.
O garotinho faz a último solo do coral, e corre para chegar à tempo.



E voltando mais no tempo:
Não adianta bater...
Casas Pernambucanas, quando a TV era ainda preto-e-branco. Mas a música é uma graca. Adoro os contra-cantos do naipe de metais, e os "errrres" da locução e da cantora.



Está na hora de dormir, não espere mamãe mandar...
Ainda no setor "cama-mesa-e-banho", o singelo comercial dos Cobertores Parayba ainda ajudava as donas de casa a colocar ordem na casa e na criançada. O comercial é de 1961.





Para ouvir mais a fundo os jingles desde os anos 50:
Jingles e Comerciais Famosos de Rádio e TV
ou aqui:
Clube do Jingle (para baixar)

DO BAÚ: Pérolas da propaganda nacional * Animação I

Há quem não saiba, mas as imagens e edições de vídeo nem sempre foram digitais: não havia Photoshop, nem After Effects, Final Cut ou Premiere. No som, nem se fala: nada de ProTools, Logic, Sonar, SoundFordge e afins.

Os anúncios das décadas de 60, 70 e até 80 eram feitos na lógica analógica mesmo, mas muitos deixaram saudade e ficaram no inconsciente afetivo de uma geração. Alguns fofos, outros engraçados. Quer ver?

Cotonetes Johnson: cantando no banheiro.

O Chato de Ser Bebê...
Muito fofo. Cotonetes Johnson



Não Esqueça a Minha Caloi...
Método infalível.



A Baratinha Ia-Iá...Rodox não!!
Na primeira versão (que não encontrei!), a baratinha cantava vestida de Carmem Miranda, até ser trucidada. O tiro saiu pela culatra: reza a lenda que o público teria simpatizado tanto com a baratinha, que ficou hostilizando o produto. E a Rhodia teve que tirá-lo do ar...
Entrou esse no lugar, com a baratinha mais sóbria. Coitada! Proibida de cantar.


Extrato de Tomate Elefante (o da Mônica...



Fósforos FIAT LUX...Esse não é desenho, mas animação quadro-a-quadro. A execução é bonitinha. Um tanto militarista...prefiro imaginar uma troca de guarda no Palácio de Buckingham que uma cena de quartel no contexto nacional na década de 60...pós 64.